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Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 22-02-1907

Ano:

Número:

Dia da semana: Sexta-feira

Página:

Coluna:

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO

Texto:

Ontem às 8 horas da noite, João da Selva estribeiro da companhia “Trilhos Centrais”, dirigiu-se, ao mando do seu chefe, para o barracão da mesma empresa, situado na baixa da ladeira das Hortas, a fim de chamar um dos seus companheiros.
Encontrando-se com o companheiro a quem procurava, perto do barracão, pôs a conversar, sendo, nessa ocasião, alcançado por dois tiros de revólver, cujos projéteis se alojaram no crânio do infeliz rapaz, que caiu por terra já sem sentidos, falecendo momentos depois.
Logo que correu a primeira notícia do bárbaro e covarde assassinato, compareceu ao local o sargento Victorino, da Estação policial do distrito de S. Pedro em companhia da brigada José Bigoia, os quais, auxiliados por populares, conduziram João da Selva para o salão da estação “Trilhos Centrais”.
Compareceram também, momentos após o crime os srs. Madureira de Pinho, delegado da 2ª circunscrição policial, capitão Espinheira Osorio fiscal da mesma circunscrição, alferes José Galdino, tenente Oliveira Lima, major Manuel Gomes Ribeiro, sub-delegado do distrito de S. Pedro, que providenciou no sentido de ser removido o cadáver para o necrotério do Hospital Santa Izabel, onde, hoje, os médicos legistas procederam à autopsia.
Dada esta providência, o major Gomes Ribeiro intimou para deporem, diversas pessoas ali presentes residentes no local em que se deu o crime, e entre essas o Sr. Joaquim dos Santos, o qual disse que estando em casa a conversar, ouviu a detonação de uma arma, pelo que chegando a janela viu confronte a casa de Angelo e Crispiniano, empregados da companhia “Trilhos Centrais”, trajando roupa de brim branco, com riscados pretos e boné também branco.
Estiveram ainda no local o Sr. Capitão Candido Cardoso, sub-delegado do distrito da Sé; Capitão Jenuino de Góes Tuorinho escrivão da 1ª circunscrição policial.
A Sra. D. Amelia de Souza que reside ao subir a ladeira do Castanheda, foi arrolada como testemunha do fato a que nos referimos.
A vítima João da Selva era de cor preta e tinha 25 anos presumíveis.
Hoje, o Sr. major Manoel Ribeiro, sub-delegado de S. Pedro, prosseguiu às demais diligências a fim de apurar a grave responsabilidade do crime, cujo autor segundo versões que correm é um individuo de nome Elesbão, também empregado da “Companhia Trilhos Centrais”.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 25-11-1907

Ano:

Número:

Dia da semana: Segunda-feira

Página:

Coluna:

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO O CADÁVER ESCONDIDO SOB UMA CAMA

Texto:

No Beco denominado do Farias, no Tanque do Engenho da Conceição, distrito dos Mares foi assassinada ontem, pelo amásio, a Sr. Valeriana Maria da Glória Leal. O assassino pela madrugada disparou um tiro de revólver na região frontal de sua vítima, que momentos depois faleceu.
Morta Valeriana, Antônio da Selva Pinto, que assim se chama o autor desse crime hediondo, colocou o cadáver debaixo da cama.
Diversas pessoas da vizinhança não vendo, como de costume, aparecer a vítima, perguntaram a encontrar com Antônio pela infeliz mulher, respondendo aquele individuo que Valeriana dormia.
Repetidas vezes saiu ele de casa fechando a porta e dirigindo-se para uma taverna, onde tomava aguardente. De volta Antônio trancava-se outra vez na casa.
Isto deu que pensar à vizinhança, que fez chegar as suas suspeitas ao sub-delegado do distrito dos Mares, Sr. capitão Geraldo Antônio de Magalhães, quando esse se achava de patrulha no Tanque às 10 ½ horas da noite.
Essa ativa autoridade dirigiu-se imediatamente para o Beco do Farias, convidando a diversas pessoas, que se achavam em uma reunião dançante, para acompanhá-lo na diligência a que ia proceder.
Assim acompanhado o Sr. Magalhães bateu repetidas vezes na porta da casa suspeita, que afinal foi aberta por Antônio Pinto, o qual interrogado sobre o paradeiro de Valeriana, disse achar-se a mesma ali, convidando a autoridade a entrar, a fim de procurá-la.
O cadáver foi logo encontrado no lugar onde colocara Antônio Pinto, e esse, cinicamente confessou ter assassinado a desventurada mulher por suspeitar que ela entretivesse relações amorosas com José Alves Barbosa. Mostrando a arma homicida, disse mais ter cometido o crime às 4 horas da madrugada e que se havia conservado o cadáver em casa até aquela hora foi em ter muita amizade à morta; esperando, entretanto que o mau cheiro, logo que o corpo encontrasse em decomposição, fizesse os vizinhos denunciá-lo e a polícia o fosse prender.
Antônio da Selva Pinto, conhecido também pelo apelido de “Caturra”, é charuteiro, dava ultimamente à profissão de vendedor de bilhetes, tem 31 anos de idade e é de cor parda. Reside no Beco do Farias a quatro meses.
A autoridade fê-lo recolher com competente nota de culpa, à Casa de Correção.
Valeriana Maria da Glória Leal era de cor parda, estatura regular, bem parecida e contava 30 anos de idade.
O cadáver depois de feito o levantamento pelos médicos legistas da polícia, foi remetido para o necrotério do Hospital Santa Izabel, onde os mesmos médicos procederam a autópsia.
Esse crime causou grande indignação às pessoas residentes no local, que tentaram linchar o assassino, não o fazendo, porém, graças a prudência dos srs. Geraldo Antônio de Magalhães, sub-delegado do distrito e Marcolino da Conceição Lima, inspetor, os quais se mantiveram com uma correção digna de louvor.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: A ORDEM

Data da notícia: 05-12-1900

Ano:

Número: nº 95

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 2

Coluna: Avulsas

Caderno:

Manchete:

Texto:

Em S. Paulo, dois pretos, criados de uma família residente à rua dos Andradas n. 36, travaram luta corporal.
Aparecendo nessa ocasião uma moça de 17 anos, pertencente àquela família e gritando por socorro, um dos pretos desfechou-lhe quatro tiros de revólver, matando-a.
O assassino foi preso.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 12-03-1900

Ano: Ano: 27

Número: nº 58

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 1

Coluna: 7

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO

Texto:

Lemos no “Correio Mercantil” de Pelotos, edição de 1ª do corrente.

“No Rio Grande, no dia 24 foi assassinado João Chagas, pardo, de 35 anos da idade, solteiro, ex-praça do 3ª batalhão de artilharia, por Salustiario Bezerra, trabalhador de estiva.
O crime originou-se do fato de negar-se Chagas a pagar uma parada que Bezerra lhe ganhara ao jogo, na venda, onde ambos se achavam, de Mello & Oliveira, à rua General Victorino.
A rusga foi argumentando a ponto de Salustiano bradar ao seu companheiro:
-Não me pagas, mas vou te matar.
E abandonado a jogatina encaminhou –se para o portão em que reside e que fica fronteira a taverna aludida, donde momentos depois voltava trazendo uma arma de caça.
Chagas, que então se achava à porta, vendo o seu companheiro armado de espingarda, deu alguns passos para a rua dizendo:
-Tu não atiras porque não tens coragem.
Mal havia, porém, acabado de pronunciar tais palavras, quando Bezerra desfechando-lhe um tiro sobre o coração prostrou-o cadáver.
Cometido o crime o homicida não procurou evadir–se, entregando–se espontaneamente à prisão, na cadeia civil.
O cadáver de João Chagas foi recolhido ao necrotério da cadeia, onde o corpo de Fernando de Souza e Pedro Pinheiro da Cunha.
Salustiano é casado e tem 4 filhos.”

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: JORNAL DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 11-06-1900

Ano: Ano: XXI

Número: nº: 6116

Dia da semana:

Página: 2

Coluna: Polícia

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO

Texto:

Depois de uma rixa havida horas antes, João José dos Santos, criado do Sr. Franco Lima, morador à Calçada, encontrou-se ao meio dia com José Hygino, também criado, com quem entrou em nova discussão, de que resultou seria exaltação de ânimos.
João dos Santos já havia premeditado a morte de seu adversário, a quem não matou logo na ocasião da primeira discussão por não estar armado, segundo confissão que fez, pelo que provocou o segundo o encontro, quando então satisfez os seus instintos de fera, assassinando a Hygino com uma canivetada vibrada com ódio e segurança.
Divulgado imediatamente o fato, o assassino foi perseguido pelo clamor público até 9 horas da noite, quando foi preso pelo ativo sub-comissário atual do distrito dos Mares.
O fato se deu em terreno próximo ao Uruguai, de tristíssima recordação para a polícia.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: JORNAL DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 15-01-1902

Ano:

Número: nº XX

Dia da semana:

Página: 1

Coluna: Polícia

Caderno:

Manchete: POLÍCIA

Texto:

Assassinato Maria Marcionillia de Almeida, de 17 anos de idade, parda, solteira, natural da cidade de Inhambupe, residente em um dos quartos do pavimento térreo do prédio n.37 Rua da Quintandinha do Capim, freguesia de Santo Antônio, depois de calorosa discussão com seu amante, Lino da Conceição, por motivos triviais, recebeu dele uma bofetada, na ocasião em que escamava peixe.
A ofendida, armada de uma faca de cozinha, foi contra o amante, fazendo-lhe um profundo ferimento no peito esquerdo, que prostrou por terra, imediatamente e morto.
A delinqüente foi presa em flagrante, pelo Sr. Amancio Bacelar, inspetor de polícia, e levada à presença de Sr. Alfredo Alves Fernandes, sub-comissário do 1o distrito de Santo Antônio, que remeteu imediatamente para a casa de correção, com a competente nota de culpa, abrindo em seguida o inquérito a respeito.
O fato deu-se a 1 hora e 25 minutos da tarde de ontem.
O cadáver da vítima foi transportado, em padiola, para o Hospital Santa Isabel, por ordens do Sr. Dr. Cassiano Lopes.
Lino da Conceição contava 19 anos de idade, era preto, solteiro e ganhador.
Interrogada pelo sub-comissário, Marcionillia confessou o crime, sem o menor vislumbre de arrependimento, acrescentando sempre que não feriu o seu amante com intenção de matá-lo.
Marcionillia trajava vestido vermelho, enfeitado de branco, casaco azul, xale escuro e calçava chinelas de marroquim.
O nosso repórter acompanhou todas as diligências.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: JORNAL DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 09-05-1903

Ano: Ano: XXIV

Número: nº: 6977

Dia da semana:

Página: 2

Coluna: Polícia

Caderno:

Manchete: FACADA E MORTE

Texto:

O carregador Benedicto José dos Santos, anteontem, às 11 horas da noite, na Rua da Mangueira, distrito do Pilar, vibrou uma profunda facada no abdômen do carroceiro Rufino José Teixeira, quando este, distraidamente, se encaminhava para sua habitação.
O criminoso evadiu-se, sendo o ofendido transportado para o Hospital Santa Isabel, onde faleceu ontem, às 2 horas da tarde.
Rufino Teixeira, o assassinado, contava 22 anos de idade, era solteiro e de cor preta.
Dizem que o crime teve por móvel o ciúme.
O sub-comissário do distrito, tenente Florentino Lemos, tomou conhecimento do fato, iniciando o competente inquérito, sendo o exame cadavérico procedido pelos drs. Octaviano Pimenta e Aristeu de Andrade, médicos legistas da polícia.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: CORREIO DA TARDE

Data da notícia: 08-04-1903

Ano: Ano: XXIV

Número: nº XX

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 2 e 3

Coluna: XXXXXX

Caderno:

Manchete: ASSASSINATOS

Texto:

No “Engenho Cotegipe”, distrito de Aratu, município desta Capital, Machado de Oliveira, armado de foice, vibrou diversos golpes no pescoço, rosto e crânio dos lavradores Manoel Selvano e Antônio de Souza, que imediatamente morreram.
Após a consumação do crime, Machado de Oliveira evadiu-se, tomando a direção da Estrada de Mapele. O sub-comissário do distrito nomeou os drs. Mario Leal e Alfredo Caria para procederem ao competente exame cadavérico.
O assassino conta 35 anos de idade, é mestiço, solteiro, lavrador e natural da cidade de Feira de Santana. Usa cabelo à meia cabeleira, tem olhos castanhos e é gago.
Manoel Selvano e Antônio de Souza, os assassinados, eram pardos, lavradores e solteiros.
O enterro foi realizado no cemitério do referido engenho, por ordem da autoridade local e em presença dos médicos acima mencionados.
O Dr. Heitor Marback, iniciou inquérito sobre o crime em companhia do Dr. Otaviano Pimenta, medico legista da polícia, alferes Alexandre Miranda e diversas praças. Em trem especial, dirigiu-se anteontem à tarde, para o local do crime, ordenando novas providências, no sentido de ser efetuada a prisão do assassino.
Um repórter do nosso colega Jornal de Notícias acompanhou esta diligência.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: CORREIO DO BRASIL

Data da notícia: 07-04-1904

Ano:

Número: nº XX

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 2

Coluna: XX

Caderno:

Manchete: INFANTICÍDIO

Texto:

Lemos no “1o de Março”, que se publica em Rio Claro, Rio Grande do Sul.
No dia 2 do passado teve a polícia de Santa Cruz conhecimento de que Emma Storch, havendo dado a luz a um filho; tomou providências tão acertadas que chegou a constatar o crime de infanticídio praticado por aquela, que é residente na Linha Velha, em seu filho, de cor parda, cujo crime foi processada e acaba de ser denunciada.
A infeliz criança, que viveu por algumas horas, foi afinal assassinada pela própria mãe que nesse fato manifestou isenção dos sentimentos de humanidade, para deixar a descoberto os verdadeiros instintos de fera. A mãe desnaturada matou o pequeno ente, estrangulando-o porquê era pardo, filho de um negro com quem mantinha relações.
Ela, a megera vinga no próprio filho o erro que cometera como se o infeliz pequenino concorresse para tão grave falta.
Afinal, a mãe desnaturada, confessou perante a autoridade competente o crime horrível que praticara a sangue frio, acentuando todas as circunstâncias acorreram para não ser mãe de um mulato; e depois de ser concubina de dois pretos e por ignorar, portanto, qual deles era o pai!
Releva notar que Emma Storch ainda não completou quinze anos!

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 17-10-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 72

Dia da semana: Terça-feira

Página: 1

Coluna: 3

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO EM ÁGUA COMPRIDA O CRIME – A VÍTIMA – A AUTÓPSIA

Texto:

Deu origem, na tarde de ontem a boatos, os mais alarmadores, o fato de haver chegado à Estação da Calçada, no trem de 6 horas da tarde o cadáver de um homem de cor parda e de 25 anos de idade presumíveis.
Circulou mesmo a notícia de que aquele indivíduo fora policial e os seus adversários na importante diligência, que atualmente se procede pelas vizinhanças do leito da via férrea, entre a Bahia e o S. Francisco.
Todavia, das averiguações da nossa reportagem, podemos informar aos leitores que o fato daquela morte não tem relação nenhuma com as atuais diligências da polícia. Ocorreu em Água Comprida em assassinato. Como ali não houvesse destacamento policial, os populares realizaram a prisão do assassino, comunicando imediatamente o fato ao Dr. Madureira de Pinho, que se achava, com a força de polícia, na estação anterior, que vem a ser – Parafuso. O Dr. Madureira mandou 2 praças com destino a Água Comprida.
Pois bem, o cadáver do assassinato é que chegou ontem no trem ordinário da tarde. Ontem mesmo, remeteram-no para o Hospital Santa Isabel, com guia do sub-comissário do 1º distrito dos Mares, Sr. capitão Ignacio Tourinho, que declarou ter chegado o corpo àquela estação desacompanhado de oficio que desse esclarecimentos sobre a identidade da vítima.
Hoje, às 9 ½ horas da manhã, os médicos legistas da polícia srs. drs. Octaviano Pimenta, e Alvaro Reis procederam à autopsia do cadáver no necrotério do Hospital.
Da autopsia verificou-se ter dado causa à morte uma hemorragia abundante em conseqüência de um ferimento penetrante do tórax com lesão da pleura, pulmão e coração.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 09-12-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 115

Dia da semana: Sábado

Página: 2

Coluna: 8

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO POR CAUSA DE UMA FUNÇÃO

Texto:

Ontem, cerca de 10 horas da noite, divertiam-se diversas pessoas em uma função na casa do asilado do Exército José Joaquim Ferreira, seta ao Tanque do Engenho da Conceição, 1º distrito dos Mares.
Entre os convivas achavam-se Leodegario Antônio de Amorim, pardo de 18 anos, e Candido Joaquim Maciel, também pardo e de 18 anos, os quais segundo ouvimos, de há muito mantém uma rixa entre se.
Sucede que no meio da festa, os dois, que se não viam com bons olhos, têm uma troca de palavras, sacando o Leodegario de uma faca, com a qual investiu contra Candido Maciel, vibrando-lhe uma facada na carótida esquerda, do qual resultou a morte imediata deste infeliz.
Apos o crime o assassino evadiu-se.
O Sr. capitão Ignácio Tourinho, ativo sub-comissário do distrito, logo que teve conhecimento do fato, comparece ao local, tomando as necessárias providências, inclusive a de remeter o cadáver do inditoso Candido Maciel, para o Hospital Santa Isabel.
Hoje, pela manhã, os médicos legistas da polícia, procederam naquele estabelecimento ao exame cadavérico.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 02-01-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 133

Dia da semana: Terça-feira

Página: 2

Coluna: 4

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO A CACETE – NO RETIRO

Texto:

Anteontem pela manhã, no lugar denominado Retiro, 2º distrito de Santo Antônio, Ezequiel Vianna, ganhador, de cor preta e de 30 anos de idade, travou sério conflito com um seu velho desafeto, depois de ter com o mesmo uma ligeira troca de palavras.
Bastante ferido por grande número de cacetadas, Ezequiel Vianna foi conduzido para o Hospital Santa Isabel, onde veio a falecer pela manhã de ontem num dos leitos da enfermaria de S. Luiz. Às 10 horas da manhã de ontem, os médicos legistas da polícia procederam à autópsia no cadáver do inditoso Ezequiel, cujo enterramento foi feito às expensas da Santa Casa da Misericórdia.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 15-01-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 143

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 1

Coluna: 6

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO

Texto:

Uma pocilga, situada numa viela, à ladeira da gameleira, foi teatro, na noite de Sábado, da seguinte cena de sangue, que deu em resultado perder a vida, de modo deplorável e consternador, um laborioso cidadão, ampara único de suas irmãs.
Eis o fato:
Joseno Ambroseu de S. Pedro, pardo-escuro, de 45 anos de idade, solteiro, mestre pedreiro, saiu da casa de suas irmãs e dirigiu-se à casa aludida, residência de Ursulina Teixeira de Carvalho, parda, de 26 anos, mulher de vida pública e que ultimamente, mantinha com Joseno relações estreitas de amizade.
Aí, houve entre os dois forte desaguisado, cuja origem se atribui a zelos, dando em resultado Ursulina vibrar em Joseno uma grande navalhada no flanco direito, cortando-lhe a artéria axilar.
Vendo-se gravemente ferido, Joseno conseguiu arrastar-se até a sua casa próxima, onde chegando, expirou dentro de 3 minutos.
Suas últimas e únicas palavras foram: Ursulina me matou.
Imediatamente pessoas da casa se dirigiram ao albergue da criminosa, que confessou o crime com sangue-frio.
Já aí se achavam, por essa ocasião, dois policiais, que lhe deram voz de prisão e, flagrante delito.
O cadáver do inditoso artista foi transportado ontem, pela manhã, para o Hospital Santa Isabel, a fim de ali sofrer o necessário exame.
O fato criminoso ocorreu às 11 ½ horas da noite de sábado.
O sangue que jorrou da artéria do infeliz Joseno foi em tamanha abundância, que lavou todo o assoalho do prédio, onde ele expirou, e bem assim a respectiva escada por onde ele subiu.
Ursulina acha-se recolhida à casa de correção, com a competente nota de culpa.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 05-02-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 159

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 2

Coluna: 1

Caderno:

Manchete: ASSASSINATO NA RUA DR. SEABRA

Texto:

Ontem, cerca de 11 horas da noite, a rua Dr. Seabra, em trecho situado no distrito da Sé, foi teatro de uma cena de sangue, que custou a vida à infeliz Maria das Dôres, crioula cozinheira de profissão, contando apenas 20 anos de idade.
Eis o caso, como ele se passou. Na casa de Thereza Maria de Jesus fervia um samba desbragado, no qual tomavam parte indivíduos de toda a casta.
Como fosse por demais provável o proceder de Saturnino de tal, crioulo que era um dos convivas do samba, foi o mesmo expulso pela dona da casa, auxiliada por pessoas outras.
Despeitado, Saturnino foi colocar-se a porta da rua e, dali, com um revólver em punho alvejou a infeliz Maria das Dôres, na ocasião em que essa pretendia retirar-se com destino a sua residência.
A bala assassina, uma vez disparada a arma, foi atravessar um dos pulmões da desgraçada, que logo caiu de encontro ao solo, já sem vida, enquanto o sangue lhe jorrava em borbotões da ferida.
O perverso autor do bárbaro atentado, aproveitando o alarme causado, tratou de evadir-se, o que conseguiu facilmente.
A polícia compareceu apenas em tempo de fazer remover o cadáver da inditosa rapariga para o Hospital S. Isabel, onde hoje, pela manhã os médicos legistas da polícia procederam nela à respectiva autópsia.

Tema: ASSASSINATOS

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 19-02-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 171

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 1

Coluna: 8

Caderno:

Manchete: UM CRIME DE HOMICÍDIO

Texto:

RESUMO: Reportagem que trata de um crime misterioso ocorrido na casa de Elyseu do Rego Barreto um comerciante que tinha dois criados, uma de nome Maria, virgem, mulata de 19 anos, segundo a notícia, e o outro de nome Manuel da Cruz, também mulato de 22 anos. Segundo o desenrolar do fato narrado em pormenores, aconteceu que Maria desapareceu depois de situações suspeitas num dia em que seus patrões não estavam em casa. Ela foi encontrada morta e enterrada no fundo do quintal e o criminoso confesso foi o criado Manuel, que procurou forçar a dita cuja a ter relações sexuais com ele.

Tema: BATUQUE E SAMBA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 20-03-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2740

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 1

Coluna: 4

Caderno:

Manchete: DESORDEIROS PERIGOSOS

Texto:

Ontem, no Tororó Grande, distrito de Santana, diversos desordeiros promoveram um formidável batuque, que reinava durante toda a noite se não fosse a intervenção da polícia.
Acontece, porém, que, quando o inspetor de quarteirão transmitia as ordens que recebera da autoridade legal, capitão Henrique José Fernandes, fujão Pio, individuo avezado à prática do mal, agride ao inspetor, tentando feri-lo com uma enorme faca de ponta.
Nesta ocasião os capadócios, que formavam o referido batuque, tentaram espancar o inspetor Jose Maria, o que não conseguiram por já ter este ido em caminho da casa do sub-comissário.

Tema: BATUQUE E SAMBA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 24-04-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2768

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 2

Coluna: 2

Caderno:

Manchete: POLICIAMENTOS DISTRITAIS

Texto:

{...}
SÉ - Cerca de 1 hora da madrugada de ontem, quando, num infernal barulho de canzás, atabaques e outros instrumentos, passava pela Rua da Misericórdia um clube africanizado, proibido pela polícia, o tenente Oliveira Lima, indo ao seu alcance, conseguiu apreender o estandarte e os instrumentos que tocavam.

Tema: BATUQUE E SAMBA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 12-06-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2808

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 1

Coluna: 7

Caderno:

Manchete: CONFLITO E ASSASSINATO

Texto:

Sério e grande conflito travou-se pela madrugada de ontem, no distrito de Santo Antônio, trazendo como resultado o registramento de uma morte.
Divertiam-se, durante o dia de anteontem, diversos turbulentos conhecidos da polícia desta capital, num caloroso samba, que durou até a madrugada de ontem, quando João da Matta entrou em forte discussão com um seu companheiro.
{...}
O contendor de João não se demorou em lhe alvejar a arma, desfechando um tiro, que se alojou no tórax, fazendo-o cadáver minutos depois.
Felizmente o criminoso e seu cúmplice foram ontem mesmo presos...
O corpo do assassinado foi enviado para o necrotério do Hospital Santa Izabel.

Tema: BATUQUE E SAMBA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 03-07-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2823

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 1

Coluna: 6

Caderno:

Manchete: POLICIAMENTOS DISTRITAIS

Texto:

PENHA- O destacamento policial neste distrito deu cerco, no Sábado último, às 11 ½ horas da noite, a uma casa seta ao alto do Bomfim onde se sambava desesperadamente, efetuando a prisão de diversos indivíduos.
É louvável esse procedimento da polícia velando pelo sossego da população e terminando com tão selvagens divertimentos.

Tema: BATUQUE E SAMBA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 30-11-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2946

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 1

Coluna: 5

Caderno:

Manchete: ESTROS & SESTROS ULTRA RÁPIDO NA CORDA BAMBA I

Texto:

Vou prepara o meu samba/ Mas um samba de repucho,/ Quero ver na corda bamba/ Um doutorzinho gorducho.
Vou “berlindá-lo” na moca:/ É um boneco chorão,/ Parece uma pata choca/ O Manços; Dr. bujão.

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