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Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 11-02-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 85

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 2

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: PERVERSIDADE

Texto:

No sábado à tarde, no Retiro, mão perversa e traiçoeira vibrou violenta pedrada sobre a menor Maria Eduarda da Conceição, crioula, de 14 anos de idade, prostrando-a por terra, ensangüentada e sem sentidos.
O autor dessa selvajaria, uma vez ela consumada desapareceu, sem deixar rastros. Quando a vítima foi transportada para o hospital de caridade, com uma grande brecha na região occipital, medindo mais de uma polegada de extensão.
Depois de convenientemente medicada, a pobre menor regressou à casa de sua família.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 11-03-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 86

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 1

Coluna: 5

Caderno:

Manchete: CACETADA

Texto:

Apresentou-se ontem, ao meio-dia, no Hospital S. Isabel, Manuel Germano de S. João, crioulo, solteiro, artista de 53 anos de idade, a fim de receber os necessários curativos em uma ferida contusa, na região parietal esquerda, de 4 centímetros de extensão, lesando a pele e o tecido.
Segundo suas próprias afirmações, Manuel Germano foi vítima de uma cacetada que lhe vibrou m desconhecido, dentro do seu próprio lar, na manhã de ontem.
A polícia teve conhecimento desse fato.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 11-08-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 90

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 3

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: CACETADA

Texto:

Vítima de uma cacetada, que lhe produziu grande ferida incisa na região frontal, de 8 centímetros de extensão, interessando a pele, e tecido celular e o muscular, recolheu-se ontem, ao Hospital S. Isabel, o cidadão Augusto Teles, crioulo, solteiro, e residente ao Mar Grande, onde se passou o fato de que aludimos.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 16-11-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 96

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 3

Coluna: 2

Caderno:

Manchete: CHARIVARI NA SÉ

Texto:

Anteontem, à tarde, a Rua Direita do Colégio foi teatro de uma cena depoente e reprovável, posta em prática pela mulher de vida pública, Maria de S. Pedro, crioula, de 20 anos de idade, residente à rua do Arcebispo.
Depois de bastante alcoolizada, Maria de S. Pedro armou-se de um revolver, uma navalha e um box de ferro, e assim, transformada num arsenal ambulante, proferindo nojentas obscenidades, invadiu uma casa à supra-aludida rua, disparando tiros a torto e a direito.
O escândalo provocou a intervenção da polícia, que a muito custo pode conseguir a prisão daquela heroína, de saias, que ainda impôs aos seus detentores a condição, para acompanhá-los, de ir até a sua casa mudar de trajos.
A polícia, tão pouco cordata em emergências outras, quando o caso o exige, aqueceu aos desejos da desordeira, que, antes de seguir para a estação, foi em casa fardar-se de preto e branco, como se tivesse de ir para um baile.
Tamanhos destinos pegou Maria de S. Pedro apenas com uma noite de descanso na estação da Sé, que aliás não censuramos, lamentando somente que, outros infelizes, por insignificantes culpas, tenham ido passar mais de 30 dias na casa de correção.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 30-11-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 108

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 2

Coluna: 3

Caderno:

Manchete: UM VALENTE FURIOSO

Texto:

Joaquim de tal, vulgo Joaquim Dendê, ontem, às 9 horas da noite, pôs no maior dos sobressaltos os moradores da rua do Arsenal de Marinha, onde ele cometeu uma serie enorme de desatinos.
Depois de espancar barbaramente sua própria amásia, invadiu diversas casas, danificando moveis e utensílios deu facadas em diversas pessoas, no meio da rua e, quando já cansado de tanto trabalho, pôs-se ao fresco, com o consentimento tácito da polícia, que primou... pela ausência.
Dentre as vítimas da fúria do Joaquim Dendê, o mais gravemente ferido foi o crioulo José Alexandrino, que teve de ir medicar-se no Hospital S. Isabel.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 12-04-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 112

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 3

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: AS ROUQUEIRAS

Texto:

Joaquim Ferreira Mattos, menor de 12 anos, de cor preta e residente em Pirajá, ao passar ontem, à noite por uma rua desse distrito, onde diversos indivíduos sem ocupação se devam ao pernicioso divertimento de dispararem tiros de rouqueira, foi alcançado nas costas por um desse tiros que lho obrigou a ir medicar-se no Hospital S. Isabel, onde se acha internado na enfermaria de S. Luiz.
A autoridade local tomou conhecimento do fato.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 12-12-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 117

Dia da semana: Terça-feira

Página: 3

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: UMA “TOUCA”... DE TRUZ

Texto:

Maria de tal, crioula, já de meia idade, residente no distrito da Conceição da Praia, tomou um camoeca, tão fora de vila e termo, na noite de ontem, que acabou por ser apanhada no meio da rua e conduzida para o Hospital, com a cabeça partida em dois lugares.
A desgraçada, hoje pela manhã, confessou ignorar a origem dos seus ferimentos.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 19-12-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 123

Dia da semana: Terça-feira

Página: 2

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: O BEM SE PAGA

Texto:

João José Alves, de 25 anos de idade, de cor parda e ganhador de profissão, passa anteontem, à noite, no lugar denominado Calabar, distrito de Vitória, quando dois indivíduos desconhecidos, dele se aproximando lhe pediram um cigarro, no que foram atendidos.
Uma vez de posse do cigarro, um dos tais indivíduos vibrou uma tremenda e forte cacetada no olho direito de João José Alves, lançando-o por terra, banhado em sangue. O infeliz João José ainda recebeu mais diversas cacetadas na região escapular direita e esquerda.
Os perversos agressores, após esse feito, evadiram-se, procurando o pobre do João o hospital de caridade, onde se acha um tratamento na enfermaria de S. Luiz.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 21-12-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 125

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 1

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: BRINQUEDO DE HOMEM

Texto:

Francisco José de Carvalho, pardo, marítimo e residente no Pilar, entregava-se anteontem, à tarde, com outros companheiros, ao pernicioso divertimento de atirarem cascas de melancias uns dos outros.
No meio destes se achava Benedita de Tal, que, recebendo uma casca pela cara, lança mão de um casco de garrafa, arrebicando raivosamente com toda fúria, na região peitoral direita de Francisco José de Carvalho, produzindo uma ferida inciso-contusa de 10 centímetros de extensão. Benedita evadiu-se e Francisco foi medicar-se no Hospital S. Isabel, onde ainda se conserva em tratamento, na enfermaria de S. José.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 26-12-1905

Ano: Ano: 1

Número: nº 128

Dia da semana: Terça-feira

Página: 2

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: AGRESSÃO A FACADA

Texto:

Anteontem, às 10 horas da noite, mais ou menos no momento em que saltava de um bonde da Companhia Trilhos Centrais, no largo de Santana da Mariquita (Rio Vermelho) o sr. Manuel Euphoseno da Paixão, de cor parda, com 48 anos de idade, casado e residente na Estrada 2 de julho, foi agredido por um indivíduo a quem não pouco conhecer naquela ocasião, que lhe vibrou uma facada no nível do 3º espaço intercostal direito. O sr. Manuel Euphoroseno foi medicar-se no hospital de caridade, evadindo-se o seu perverso agressor após a perpetração do crime.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 01-12-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 141

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 1

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: PEDRADA

Texto:

Deu entrada ontem, à noite, no Hospital S. Isabel, a fim de medicar-se, o aguadeiro de nome Julio da Selva, de 48 anos de idade, de cor preta, solteiro e residente no distrito dos Mares, o qual foi vítima de uma pedrada, que lhe vibrou um garoto, no globo ocular esquerdo.
Depois de feitos os primeiros curativos, internaram o paciente na enfermaria de S. Paulo.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 13-01-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 142

Dia da semana: Sábado

Página: 2

Coluna: Diário das ruas

Caderno:

Manchete: TURRAS... E SOVA

Texto:

A Ursulina Gomes da Selva, parda, já de meia idade, residente ao Baluarte, vive sempre às turras com o seu antigo companheiro de vida, o Francisco de tal, ou antes, o seu Chico, como ela o chama.
Essa permanente resenha deu em resultado, no dia de ontem, o Chico agarrar num pau e dar uma boa sova na pobre da Ursulina, que tomou rumo do Hospital a fim de concertar um braço fraturado.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 02-03-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 158

Dia da semana: Sábado

Página: 1

Coluna: 7

Caderno:

Manchete: FACADA NA ESTRADA DAS BOIADAS

Texto:

Anteontem, à noite, na Estrada das Boiadas, o indivíduo João de tal, crioulo, carroceiro, por motivo de zelos, deu uma facada em Julia Maria da Conceição, também de cor preta e contando apenas 16 anos de idade, a qual foi conduzida em rede para o Hospital Santa Isabel, em virtude de ser grave o seu ferimento.
A polícia efetuou a prisão em flagrante do desalmado carroceiro, contra o qual o coronel José Estanisláu Baía, zeloso subdelegado do 1º distrito de Santo Antônio, já instaurou o competente inquérito.
Julia Conceição, cujo ferimento é na parte lateral direita da região umbilical, hoje pela manhã apresentada melhoras.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 19-02-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 171

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 2

Coluna: 1

Caderno:

Manchete: CINCO TIROS NA RUA DO FOGO – POR CAUSA DE ZELOS – EVASÃO

Texto:

Ontem, cerca de meio-dia, ocorreu o seguinte fato lamentável dentro de uma pequena casa situada à rua do Fogo, distrito de S. Pedro.
Manuel de Almeida, pardo, de 26 anos de idade, passando pela porta da casa de morada de uma rapariga, com quem já há tempos tivera ligação íntima de amizade, entendeu de dar com ela dois dedos de palestra.
Fê-lo efetivamente, mas não pensando quanto lhe ia ser desastrosa semelhante lembrança, como veio a acontecer pouco depois, quando chegou o amásio da rapariga e deu com o Manuel a tirar a ferrugem da língua.
Sem mais tir-te nem guar-te, dominado pelos zelos, o terrível Othelo arrancou de um revólver e disparou sobre o encanto Manuel cinco tiros, sem errar uma só vez o alvo.
Escusado é dizer que o infeliz foi transportado para o Hospital de Caridade, e que o ofensor, consumado o crime, pôs-se ao fresco.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 09-03-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 186

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 3

Coluna: 2

Caderno:

Manchete: IRMÃO PERVERSO

Texto:

Na terça-feira última, Alipio da Selva Moreira, mulato, de 24 anos de idade, morador do Alto do Curral, 1º distrito policial de Santo Antônio, exasperou-se com uma sua irmã de nome Emilia Ritta Moreira, menor de 11 anos de idade, atirando contra esta, para satisfazer sua cólera uma chaleira cheia de água, que estava no fogo, a ferver.
A chaleira caiu em cheio sobre as costas da infeliz, menor, derramando sobre ela todo o liquido que continha.
Em conseqüência disso Emilia ficou com as costas imensamente queimadas.
O desalmado irmão, em seguida a essa cena de selvageria, abandonou a casa, onde até hoje não apareceu.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 21-03-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 196

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 1

Coluna: 4

Caderno:

Manchete: ROMANCE DE INFORTÚNIO ESPANCAMENTOS – QUEIXA – TENTATIVA FRUSTRADA – PRISÃO E PROCESSO

Texto:

Vamos narrar aos leitores o fato seguinte, que já há dois dias, foi levado ao conhecimento do delegado dr. Madureira de Pinho.
Comecemos pelos antecedentes, consoante a narrativa da infeliz protagonista das tristes cenas que pretendemos descrever.
Maria Laura de Jesus é uma rapariga parda, de família pobre, mas honesta, para quem a sorte não sorriu num desastrado casamento que realizou, e muito menos, quanto depois, construindo família ilegítima, persistiu em achar a felicidade no lar, sob a forma indecente do concubinato.
Há cerca de oito meses já, foi ela habitar em albergue numa viela, a que se dá o nome de “Beco do Falcão”, lá para os confins da rua da Mangueira, distrito de Santana.
Em sua companhia, como dono de casa, começou a residir Francellino Adolpho Levy, indivíduo sem profissão, ex-praça do Exército.
Homem de aos precedentes, Francellino não tardou em pôr evidência os seus instintos.
O azar na jogatina, todas as suas contrariedades, em suma, ele as cobrava da sua infeliz companheira, a quem amarrava para esbordoar, com uma larga faixa de couro, cheia de crivos metálicos. Quando após esse processo inquisitorial, a desgraçada dizia que desejava voltar ao lar materno, pois já não podia mais sofrer Francellino, mostrava-lhe uma faca, dizendo: “Se fugires, mato-te”.
No dia de anteontem, porém, Maria Laura foi surpreendia pela visita de sua velha mãe e de seu padrasto, homem já ancião, funcionário público aposentado numa das repartições do Estado.
Vendo-a tão quebrantada, apesar de ainda na flor dos anos puseram-na, os dois, em confissão.
Com lágrimas nos olhos, Maria Laura contou toda a história de seus sofrimentos as dois velhos que, imediatamente, a conduziram para a secretaria de polícia apresentando queixa em forma ao delegado Madureira.
Este, depois de ouvir a vítima, ordenou que ela comparecesse no dia seguinte, para o exame médico-legal, e mandou intimar para comparecer em sua presença o desalmado autor de tais atrocidades.
Conhecedora de Francellino, Maria Laura pediu àquela autoridade garantias de vida, visto como retirando-se para a casa de seus pais, ao Rio Vermelho, mantinha a convicção de que, lá mesmo, ele iria assassiná-la.
Na noite desse mesmo dia, isto é, anteontem, na ocasião em que Francellino tentava invadir a casa dos pais de sua ex-amante, armado de um sabre da polícia. Foi catrafilado em flagrante e remetido para o xadrez da estação local.
Ainda aí Francellino deu mais um atestado de sua perversidade, dizendo à vista das praças, que ao sair, vingar-se-á de sua ex-amante, matando-a.
- No dia de ontem, os médicos legistas da polícia procederam ao exame médico-legal na pessoa de Maria Laura, em cujo corpo encontraram os mais evidentes inícios de espancamentos, antigos e recentes.
Verificaram mais facultativos da polícia que Maria Laura está sofrendo de um aneurisma em conseqüência dos referidos espancamentos.
- O inquérito policial foi logo instaurado e Francellino, que continua preso, devidamente autuado para os fins de direito.
______

Foi reduzido a auto, no ida de hoje, perante o dr. Madureira de Pinho, o depoimento de Maria Laura.
- Francellino Levy acha-se provisoriamente recolhido ao Quartel dos Aflitos, devendo ser remetido para a casa de correção, com a competente nota de culpa, depois de ouvido em auto de perguntas.
O inquérito prossegue, devendo ser ouvidas, amanhã, diversas pessoas residentes na vizinhança da ofendida.

Tema: VIOLÊNCIA

Orgão de imprensa: GAZETA DO POVO

Data da notícia: 04-03-1906

Ano: Ano: 2

Número: nº 207

Dia da semana: Terça-feira

Página: 1

Coluna: 2

Caderno:

Manchete: CRIME A CACETE- NO RIO VERMELHO

Texto:

Levamos hoje ao conhecimento dos nossos leitores um crime ocorrido ontem, à tardinha, no populoso bairro do Rio Vermelho. Tanto mais grave se nos a figura o delito, quanto o seu autor é um agente de polícia, ou por outra um mantenedor da ordem pública.
Eis o caso.
Flavio José da Selva, soldado do Regimento policial, atualmente destacado no posto do campo dos Mártires, ao entrar ontem, às 6 horas da tarde, em a casa de sua residência, foi surpreendido por sua amásia Andreza Adelia da Conceição, que lhe disse achar-se resolvida a não mais viver em sua companhia, caso ele continuasse a lhe infringir maus tratos.
Indignado com essa falta, o soldado lança a mão de um cacete e com ele vibra diversos golpes sobre o corpo de Andreza, que caiu por terra, toda banhada em sangue.
Aos gritos da vítima, acorreram logo para o lugar onde se dera o crime a fim de socorrê-la, diversas pessoas do povo.
O criminoso, após ter praticado esse fato bárbaro, pôs-se em fuga.
Como quase sempre acontece, só depois de ter evadido, foi que a polícia apareceu.
A infeliz Andreza Adelia da Conceição, vítima desse inqualificável atentado, é de cor parda, engomadeira, tem 35 anos de idade e reside ao Rio Vermelho.
O subdelegado da Vitória a enviou com guia para o Hospital Santa Isabel, onde foi medicada.
Eram os seguintes, os ferimentos que ela apresentava: ferimento contuso de 8 centímetros de extensão no limite esquerdo da região occipto-frontal com a temporal; ferimento contuso de 5 centímetros de extensão no limite direito das mesmas regiões; ferimento contuso no ante-braço esquerdo; e duas contusões, sendo uma na região escápulo-umeral e outra no dorso da mão esquerda.

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